União Europeia questiona condições em que o "arrependimento" de Raman Pratasevich, apresentado numa entrevista de hora e meia na televisão estatal bielorrussa, foi obtido
União Europeia descredibiliza entrevista de opositor bielorrusso na televisão estatal. Durante hora e meia, Raman Pratasevich disse-se arrependido da sua militância na oposição. Chegou a chorar frente às câmaras entre elogios ao presidente da Bielorrússia.
O porta-voz do governo alemão não tem dúvidas de que as palavras fazem parte do guião do regime de Lukashenko. "Após uma aterragem forçada, provavelmente sob falsos pretextos, um indesejado jornalista da oposição é raptado de um avião juntamente com a sua parceira. É posto atrás das grades, e pressionado psicologicamente e possivelmente também fisicamente, de tal forma que produziu esta entrevista completamente indigna e implausível," afirmou Steffen Seibert.
Pratasevich está detido há quase duas semanas, numa manobra que agravou as relações de Minsk com o ocidente. Bruxelas formalizou esta sexta-feira a proibição de companhias aéreas bielorrussas utilizarem o espaço aéreo ou aeroportos da União Europeia.
As medidas, em vigor a partir deste sábado, são as primeiras de um conjunto de sanções que os líderes da europeus aprovaeam depois da interceção, a 23 de maio, do avião comercial onde viajavam Raman Pratasevich e a namorada Sofia Sapega.