Futuro da NATO em análise em Bruxelas

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Especialistas lembram impacto da retórica da era da administração Trump na narrativa da Aliança Atlântica

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Como elo forte da NATO, os EUA influenciaram sempre o tom da narrativa da Aliança Atlântica.

Mas depois de quatro anos de administração Trump - que deixou a NATO a pensar no seu futuro - a cimeira deste ano é dominada pelo contraste. Há abraços, apertos de mão e respira-se diplomacia e sentido de união.

A sombra do antigo presidente continua, no entanto, a pairar, de acordo com alguns analistas. Tanto mais quando se fala em algumas das novas ameaças identificadas pela aliança, como sublinha Fabrice Pothier, diretor de estratégia da Rasmussen Global: "Penso que há muita continuidade entre a era Trump e o que começa a ser a era Biden, no que diz respeito a algumas questões críticas. Consideremos a China, por exemplo. A linguagem que vemos atualmente é muito idêntica ao que saiu da sede da NATO nos últimos anos. Ainda que o estilo fosse irritante e disruptivo, a anterior administração tinha parcialmente razão ao apontar a China como o novo grande desafio que devia ser enfrentado em conjunto, entre os EUA e a Europa."

A Rússia continua a ser considerada uma ameaça principal, mas os ciberataques e o crescimento de meios de guerra não convencionais são motivo de preocupação e poderão levar à invocação do Artigo 5º, cláusula de defesa coletiva da organização.

"Nem todo o ciberataque é idêntico a uma ameaça militar. Um ataque que basicamente desfigura um website, que cria graffiti no website de alguém até que seja limpo não é a mesma coisa que uma concentração de tropas na fronteira. Há muitas coisas pelo meio. Penso que o ponto em que entramos em algo que pode parecer com o Artigo 5º é o ponto em que olhamos para onde podem existir efeitos semelhantes aos de um ataque militar, em que a infraestrutura é destruída e onde as pessoas estão em perigo, se não forem realmente mortas", explica Olga Oliker, diretora de programa na International Crisis Group.

A resposta a semelhante ciberataque continua por clarificar. Com gaps tecnológicos gritantes entre aliados da NATO, alguns analistas sugerem que a Aliança Atlântica poderia decidir retaliar com meios mais convencionais.

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