Sánchez indulta independentistas catalães

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O primeiro-ministro espanhol avança, apesar da contestação da direita, para o perdão dos líderes catalães condenados por secessão

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O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou, esta segunda-feira, em Barcelona, que vai dar luz verde na terça-feira ao polémico perdão dos nove líderes catalães separatistas presos pelo envolvimento no referendo pela independência da Catalunha, no outono de 2017.

"Concórdia" controversa

A medida é, nas palavras do primeiro-ministro espanhol, uma mensagem de "concórdia", com vista a relançar o diálogo com o governo regional, numa tentativa de "enfrentar o problema".

“Amanhã, guiado pelo espírito de concórdia da Constituição, proponho ao Conselho de Ministros que conceda perdão aos nove condenados” pelo seu papel nesta tentativa de secessão com penas que variam de nove a 13 anos de prisão, anunciou um o líder socialista no teatro Liceu, enquanto o público gritava por uma "amnistia" total.

A condenação de 12 políticos catalães, há três anos e meio, por sedição, desobediência e desvio de dinheiros públicos resultou do envolvimento dos ativistas num referendo pela independência da Catalunha, a 1 de outubro de 2017, considerado ilegal pela Justiça espanhola.

A decisão anunciada esta segunda-feira por Sánchez é, no entanto, controversa. De um lado, os independentistas exigem ao governo espanhol uma amnistia total e o direito à autodeterminação. Do outro, a oposição à direita acusa o Governo de "vender Espanha" aos separatistas.

O primeiro-ministro diz "compreender as razões da rejeição", mas defende que "futuro deve importar muito mais do que o passado". Com esta medida, Sánchez diz ainda acreditar estar aberta a porta para "começar de novo e de fazer as coisas melhor".

A medida do executivo será explicada ao Congresso, a 30 de junho, pelo primeiro-ministro espanhol.

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