França: vacina pode tornar-se obrigatória para profissionais da saúde

França: vacina pode tornar-se obrigatória para profissionais da saúde
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Face ao galopar das infeções com a variante delta do Sars-CoV2, a França poderá tornar a vacina obrigatória para os profissonais de saúde

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A variante Delta do Sars-CoV2 já representa 40% das novas infeções em França e está em progressão constante.

Face a esta realidade, as autoridades ponderam tornar obrigatória a vacinação para os profissionais da Saúde.

A medida é bem vista pelo setor. No final da reunião entre o ministro da Saúde, Olivier Véran, e as quinze organizações representantes dos profissionais dos cuidados de saúde a opinião a favor da medida era unânime.

Mas, a decisão caberá ao presidente, que reúne, na segunda-feira, um Conselho de Defesa especial.

Antoine Perrin, diretor da federação de estabelecimentos hospitalares e de cuidados pessoais dá voz à preocupação dos profissionais da saúde, afirmando: "É uma questão de responsabilidade perante factos objetivos: a vacinação funciona, a vacina é comprovadamente inofensiva, já existem vacinas obrigatórias, como a hepatite, por exemplo e isso não coloca qualquer problema. É necessário que esta vacina se torne obrigatória para proteger as pessoas mais frágeis".

Em França, 63,5% dos profissionais das instituições de saúde estão vacinados com pelo menos uma dose; nos lares e casas de acolhimento só 55% estão vacinados o que é pouco mais dos 52% da população geral. Os mais vacinados são os profissionais de saúde liberais, como os médicos de clínica geral, dos quais 78% têm pelo menos uma dose da vacina.

Mais de 70% da população parece aprovar a vacinação obrigatória para os profissionais de saúde, mas a medida pode ser politicamente arriscada para o governo, num país em que a vacinação é sempre controversa

O ministro da Saúde garante que "a intenção não é estigmatizar nenhuma categoria profissional"

A França não seria o primeiro país a implementar esta medida. Em Itália, a vacinação obrigatória dos prestadores de cuidados foi adotada por decreto a 1 de abril. Os prestadores de cuidados refratários são afetados a tarefas que não envolvem o risco de propagação do vírus. Como resultado, 98% dos profissionais de saúde receberam já uma primeira dose.

Também em Inglaterra, a partir de outubro, os prestadores de cuidados em lares poderão ser obrigados a ser vacinados, se a legislação for aprovada pelo Parlamento.

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