Jantar "dentro" só com vacina ou teste negativo

Clientes exibem o certificado digital à entrada de um restaurante em Lisboa
Clientes exibem o certificado digital à entrada de um restaurante em Lisboa Direitos de autor MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
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De  Teresa Bizarro com LUSA, RTP
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Novas regras para a restauração em Portugal entraram em vigor este fim-de semana

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Voltam a mudar as regras para a restauração em Portugal. Nas montras, improvisam-se avisos para os clientes. Quem não tiver um certificado digital de vacinação contra a Covid-19 ou um teste negativo vai ter de ficar na esplanada.

A lei permite que os clientes façam testes rápidos no local, mas muitos proprietários optam por não por essa responsabilidade no ombro dos funcionários. Américo Pinto, proprietário de um restaurante no Porto, mostra-se resignado perante as mesas vazias. "Tenho alguns clientes na esplanada, mas não arrisco, porque as multas são muito altas e tenho de me sujeitar e seguir as regras que são impostas," desabafa.

"Estas medidas acabam por passar a ideia que é só nos restaurantes que há o Covid-19", diz Tiago Morais, dono de um restaurante em Lisboa, para quem estas medidas afetam a confiança da população em geral. "As pessoas cada vez se sentem menos confortáveis em vir a um restaurante," garante.

Os clientes confirmam. Apanhados de surpresa ou avisados, a maior parte dos portugueses preferiu ficar na esplanada.

"Tinha o certificado porque fiz feito o teste de covid ontem, mas a minha namorada não o fez por isso tivemos mesmo de escolher ficar cá fora," diz um cliente. Numa outra mesa, há quem admita mesmo que "se não tivesse o certificado, não faria o teste de propósito para ir a um restaurante". 

Apesar de alguma confusão sobre as novas regras, até porque o acesso ao interior dos restaurantes é permitido a quem tiver de ir à casa de banho, a medida é entendida por parte dos entrevistados. "Era isto ou fechar à uma e meia da tarde," sublinha um cliente.

É esse também o argumento do governo. No anúncio das novas regras o executivo português frisou que a exigência do certificado de vacinação ou de um teste é a alternativa a um novo encerramento da restauração.

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