Estados Unidos garantem a retirada apenas de cidadãos norte-americanos, parceiros e cidadãos que apoiaram a missão de Washington no Afeganistão
Mais de 100 mil pessoas foram retiradas do Afeganistão desde 14 de agosto, a véspera do regresso dos talibãs ao poder. O número foi avançado por um responsável da Casa Branca, numa altura em que os Estados Unidos redobram os esforços para aumentar o número de partidas do aeroporto de Cabul.
Washington diz que pelo menos 5 mil pessoas esperam no aeroporto e que há cerca de mil cidadãos norte-americanos que continuam retidos na capital afegã.
Só nesta quinta-feira, cerca de 7.500 pessoas saíram do Afeganistão, em 14 voos militares dos EUA e 39 voos da coligação.
Jen Psaki, a porta-voz da Casa Branca, voltou a alertar para a impossibilidade da retirada de todos os afegãos que querem deixar o país. Por outro lado, lembrou o compromisso do presidente Joe Biden de continuar a retirar cidadãos norte-americanos, parceiros de Washington e cidadãos que apoiaram a missão dos Estados Unidos no Afeganistão, depois do dia 31 de agosto.
Vários países, como a Alemanha e a Austrália, já anunciaram o fim da missão de transporte de soldados e equipa diplomática do Afeganistão.
À medida que estas operações terminam, aumenta o desespero para milhões de afegãos que não têm outra alternativa para deixar o país.