A Organização das Nações Unidas sublinhou este sábado que a pandemia e o deslocamento da população “atingiram duramente as comunidades rurais", num país onde a seca ameaça a subsistência de sete milhões de pessoas
Apesar de vários países já terem anunciado o fim das operações de transporte no aeroporto de Cabul, os aviões continuam a partir da capital afegã.
Mais de 100 mil pessoas já saíram do Afeganistão, mas ainda há milhares que tentam deixar o país. Os talibãs disseram que vão permitir partidas através de voos comerciais depois da retirada dos Estados Unidos, mas muitos afegãos não acreditam no novo governo e temem que as companhias aéreas não queiram regressar a um aeroporto controlado por um grupo extremista.
Quem fica no Afeganistão tem de lidar com o caos e com a incerteza. A crise económica, que piorou depois da chegada dos talibãs, é cada mais visível nas ruas da capital.
Centenas de afegãos protestaram este sábado na entrada de um Banco de Cabul e muitos dos manifestantes eram funcionários públicos que se queixavam de não receber os salários há pelo menos três meses.
A situação também é alarmante fora das cidades. A Organização das Nações Unidas sublinhou este sábado que a pandemia e o deslocamento da população “atingiram duramente as comunidades rurais, em particular os agricultores e pastores”, num país onde a seca ameaça a subsistência de sete milhões de pessoas.