Organização Mundial de Saúde recomenda equilibrar partilha de doses com países desfavorecidos com administração de terceira vacina
A Organização Mundial de Saúde está preocupada com o aumento no número de mortes devido à Covid-19 na Europa.
A OMS teme que que a pandemia faça mais 236.000 vítimas mortais até ao início de dezembro no continente.
Entre as causas apontadas, está a variante delta, o aumento das viagens no verão, o aliviar de restrições ou a desaceleração da vacinação.
Se antes a OMS recomendava aos países ricos que não avançassem com uma terceira dose das vacinas até que as nações mais pobres pudessem completar as primeiras imunizações, o diretor regional da organização para a Europa já não é tão categórico:
"A principal prioridade é garantir que as pessoas mais vulneráveis recebem a primeira e segunda vacina. Depois, nos países onde constatamos que há pessoas com uma imunidade reduzida, como as pessoas idosas que são cada vez mais frágeis face a doenças graves e à morte, nesses países pode ser equacionada uma terceira dose. Mas devemos fazer tudo ao mesmo tempo... Partilhar doses com os países que ainda não vacinaram completamente os seus profissionais de saúde e, ao mesmo tempo, examinar a evolução dos dados."
Hans Kluge recomendou também a obrigatoriedade da vacinação para as profissões mais expostas e o alargamento das campanhas de imunização aos menores de 12 anos com patologias subjacentes.
O diretor regional da OMS apelou ainda a um reforço da vigilância, num momento em que vários países enfrentam a possibilidade de uma terceira vaga, quando pensavam estar praticamente livres da pandemia.