Bruxelas deplora condenação de ativistas da oposição na Bielorrússia

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UE fala em “contínuo desrespeito flagrante” pelos direitos humanos no país. Novas sanções estão a ser preparadas

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A condenação da ativista da oposição Maria Kolesnikova e do advogado Maxim Znak, a 11 e a 10 anos de cadeia respetivamente, é, no entender da União Europeia, mais um episódio do "contínuo desrespeito flagrante" pelos direitos humanos na Bielorrússia.

Uma situação inaceitável, nas palavras do porta-voz da Comissão Europeia para a Política Externa, Peter Stano: "Estes julgamentos decorreram à porta fechada. Foram julgamentos feitos com base em acusações infundadas e estas duas pessoas são presos políticos. Por isso, isto é inaceitável para a União Europeia. Condenamos o sucedido. Deploramos estes julgamentos e as sentenças. Apelamos à libertação imediata e incondicional de todos os presos políticos na Bielorrússia."

O chefe da diplomacia austríaca manifestou-se no Twitter, lembrando que o país continuará a estar do lado dos que lutam por uma Bielorrússia livre, democrática e independente.

Envolvidos nos movimentos de protesto no país contra a fraude eleitoral, Kolesnikova e Znak foram considerados culpados de conspiração contra o poder, de ameaçar a segurança nacional e de extremismo.

O regime de Aleksander Lukashenko tem feito milhares de detenções no rescaldo das polémicas eleições de agosto de 2020.

Por outro lado, a União Europeia impôs sanções contra indivíduos e setores económicos. Lukasehnko não desarmou e no contra-ataque usou migrantes como arma de arremesso, empurrando-os para as fronteiras do país com a Polónia e a Lituânia.

Mas - lembrou Peter Stano - as sanções em vigor contra a Bielorrússia são "progressivas", o que quer dizer que podem ser "aumentadas ou diminuídas com base nos desenvolvimentos no terreno."

Bruxelas está a trabalhar num 5º pacote de sanções, bastando, depois, a "luz verde" dos Estados-membros para entrar em vigor.

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