Deixem as mulheres trabalhar

Filippo Grandi falou com Anelise Borges, a enviada especial da Euronews a Cabul, no final da reunião com o ministro afegão para os Refugiados
Filippo Grandi falou com Anelise Borges, a enviada especial da Euronews a Cabul, no final da reunião com o ministro afegão para os Refugiados Direitos de autor Euronews
De  Anelise BorgesTeresa Bizarro
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Alto Comissário da ONU para os Refugiados entrega apelo ao governo talibã do Afeganistão

PUBLICIDADE

Deixem as mulherestrabalhar. Foi esta, em síntese, a mensagem que o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados entregou ao novo governo talibã no Afeganistão. Revelação feita por Filippo Grandi em conversa com Anelise Borges, a enviada especial da Euronews a Cabul, depois de um encontro comKhalil-ur-Rahman Haqqani, o ministro afegão para os Refugiados. 

"Eu disse que era extremamente importante para a ONU, para as ONG, que as mulheres que trabalham no nosso programa continuassem a trabalhar. Foi esta a mensagem que as minhas colegas mulheres me pediram para transmitir," revelou o diplomata italiano ao serviço da ONU. Grandi pediu um sinal público das palavras de concordância que ouviu em privado. "Eu disse que seria muito importante não só que me dissesse a mim, que concordasse - porque ele fez isso -, mas que o declarasse publicamente, que enviasse uma mensagem pública de confiança. Penso que seria poderoso, porque incentivaria as mulheres em particular a regressar ao trabalho e as suas funções na prestação de cuidados são absolutamente fundamentais," afirmou.

Aumentaram nos últimos dias os receios de um afastamento definitivo das mulheres da vida pública no Afeganistão. Já foi anunciado o fim das aulas mistas nas universidades e a proibição da participação de mulheres em eventos desportivos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Talibãs mudam imagem do Afeganistão

Afeganistão continua paralisado

Novo protesto de mulheres no Afeganistão