"É chocante a disparidade" no acesso às vacinas

Umaro Sissoco Embaló na 76.ª Assembleia Geral da ONU
Umaro Sissoco Embaló na 76.ª Assembleia Geral da ONU Direitos de autor Eduardo Munoz/AP
Direitos de autor Eduardo Munoz/AP
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O presidente angolano junta-se aos chefes de Estado de Cabo Verde e Guiné-Bissau e aponta as desigualdades aumentadas pela pandemia

PUBLICIDADE

A sede da ONU é, por estes dias, um dos maiores palcos mundiais e o centro da diplomacia internacional, mas a organização das nações que se uniram no rescaldo da Segunda Guerra Mundial tenta navegar uma vaga que pede uma mudança estrutural. O modelo de um Conselho Permanente a cinco vozes é cada vez mais contestado.

"A revitalização das Nações Unidas passa pela necessidade de uma reforma do conselho de segurança que possa conferir uma maior abrangência dos Estados-membros na tomada de decisões atinentes à paz e à segurança internacionais," declarou Jorge Carlos Fonseca, Presidente de Cabo Verde.

Uma posição também defendida pelo chefe de Estado da Guiné-Bissau. Na estreia em reuniões magnas da ONU, Umaro Sissoco Embaló apontou o caminho que falta fazer para reduzir as desigualdades que a pandemia veio expor.

"É precido apoiar os mais vulneráveis, promover a criação de sistemas de saúde adequados e garantir a todos os países, sem distinção, um acesso rápido e equitativo às vacinas," disse o presidente da Guiné Bissau.

Cabo Verde, Angola e Guiné-Bissau aproveitaram a Assembleia Geral da ONU para condenar as discrepâncias.

João Lourenço, presidente de Angola considerou mesmo ser "chocante constatar-se a disparidade existente entre umas nações e outras no que respeita à disponibilidade de vacinas pois estas diferenças permitem em alguns casos administrarem-se terceiras doses enquanto noutros, como ocorre em África, a larga maioria das populações não está vacinada sequer com a primeira dose".

A resposta global à pandemia de Covid-19 atravessa quase todos os discursos no púlpito da Assembleia agera da ONU. O tema deu mote a uma cimeira paralela organizada pelos Estados Unidos que traçou como objetivo ter mais de 80 por cento da população mundial vacinada até ao final do próximo ano.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Covid-19: Corrida às vacinas provoca longas filas em Luanda

Assembleia Geral da ONU aprova "trégua" em Gaza; Israel e EUA votam contra

Conselho de Segurança sem unanimidade mas Irão marca posição na ofensiva do Hamas