A Polónia enviou soldados para a linha de fronteira com a Belorrússia para ajudarem a controlar a entrada crescente de imigrantes ilegais no país
Cresce a tensão nas fronteiras da Bielorrussia com os países membros da União Europeia. A Polónia reforçou a presença militar ao longo da linha de fronteirapara travar a entrada de imigrantes ilegais e decretou o estado de emergência numa faixa de 3 quilómetros de largura.
Só nas últimas 24 horas foram detetadas mais de 450 tentativa de entrada ilegal no país.
"A situação na fronteira não é estável, infelizmente. Vemos mais tentativas dos migrantes para entrarem na fronteira da Polónia e de forma diferente. É por isso que o número de patrulhas aumentou, o número de postos de observação aumentou", diz um soldado na região de Szudzialowo.
As populações próximas da fronteira estão satisfeitas com a chegada dos militares para ajudarem os guardas fronteiriços.
"Assim está bem", diz uma mulher, acrescentando: "Temos tropas, estamos seguros, o estado de emergência está em vigor, os soldados protegem a fronteira".
A Lituânia também começou a construir barreiras de arame farpado na fronteira com a Bielorrússia e, com mais 11 países, enviou uma carta à Comissão Europeia a pedir financiamento para a proteção das fronteiras. A presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, respondeu que "não há dinheiro para arame farpado".
Este será um dossier difícil também para ao próximo governo da Alemanha. As autoridades dizem que já chegaram 5000 imigrantes clandestinos ao país, vindos da Bielorrússia, com passagem pela Polónia.
Berlim anunciou este domingo o reforço dos controlos nas fronteiras e considera "legítimas" as medidas tomadas pela Polónia e pelos estados bálticos.