Na Cimeira Mundial da Saúde, na Alemanha, o diretor-geral da OMS alerta que o comportamento humano aumenta o risco de novas pandemias
A Organização Mundial de Saúde sublinhou, na Cimeira da Saúde, em Berlim, na Alemanha, que a pandemia da Covid-19 está longe de ter terminado.
Registam-se todas as semanas, em todo o mundo, cerca de 50.000 mortes devido à doença.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que mais pandemias virão.
"Os vírus movem-se rapidamente, mas os dados podem mover-se ainda mais depressa. Com a informação certa, os países e comunidades podem ficar à frente dos riscos emergentes e salvar vidas. Urbanização, desflorestação, alterações climáticas e práticas agrícolas intensificadas estão todos a aumentar os riscos de epidemias e pandemias".
Sobre as vacinas, na mesma linha do que vem dizendo, Tedros Adhanom Ghebreyesus criticou a falta de equidade na distribuição. Há países que avançam já para a administração de uma terceira dose, no entanto grande parte da população dos países menos desenvolvidos ainda não recebeu sequer a primeira.
A OMS estabeleceu, como meta até ao final do ano, inocular 40% da população de cada país contra a Covid-19 e 70% em meados de 2022.
Ghebreyesus afirmou mesmo que o mundo dispõe dos meios necessários para acabar com a pandemia causada pelo novo coronavírus, mas esta só vai terminar "quando o mundo decidir acabar com ela".