Roma sob fortes medias de segurança para a cimeira do G20

Roma acolhe este fim de semana a primeira cimeira do G20 em território italiano.
Uma tarefa que comporta o enorme desafio de lidar com a pior crise global desde a Segunda Guerra Mundial. Daí que os três pilares da agenda deste ano sejam: "Pessoas, Planeta e Prosperidade".
A redução das desigualdades provocadas pela pandemia de Covid-19, a recuperação económica global e os esforços concretos de luta contra as alterações climáticas são os temas centrais do encontro.
A Itália espera que os líderes mundiais estabeleçam um prazo comum para atingir emissões zero de gases com efeito de estufa. Multilateralismo é a marca que o primeiro-ministro, Mario Draghi, quer imprimir
Em termos logísticos, trata-se de organizar a primeira reunião presencial após a pandemia dos líderes das 20 maiores economias do planeta. Por causa da pandemia, Putin e Xi Jinping não vêm a Roma; os restantes vão reunir-se no novo centro de convenções "Nuvola", no bairro Eur da capital italiana.
A repórter da Euronews, Giorgia Orlandi, fala-nos das medidas de segurança do evento:
"No sábado, quando a cimeira dos líderes do G20 começar, será impossível estar aqui. Será delimitada uma área de 10 quilómetros quadrados. A chamada "zona vermelha" que se estende entre a "Nuvola" e o vizinho Palácio dos Congressos, estará sob rigorosa segurança e será constantemente monitorizada por helicópteros, snipers e drones.
Cerca de 2000 agentes da polícia e 500 soldados foram destacados para o evento não só para proteger a área, mas também para monitorizar quaisquer outros locais sensíveis, incluindo edifícios críticos do governo e sedes de embaixadas estrangeiras. Tendo em conta o que aconteceu nos últimos dias, as autoridades receiam que novos protestos anti-saúde se tornem violentos e que os comícios possam ser potencialmente infiltrados por desordeiros estrangeiros".
A agência de inteligência italiana tem vindo a monitorizar a atividade online em plataformas de redes sociais para verificar se há grupos a planear avançar com protestos não autorizados.
Apenas os comícios que foram classificados como "seguros", têm sido autorizados, desde que decorram longe do local da cimeira.
Durante toda a duração do evento, foram reintroduzidos os controlos fronteiriços, que se vão manter enquanto existir uma zona de exclusão aérea sobre a maior parte da capital.