Bruxelas ameaça companhias aéreas com "lista negra"

Bruxelas ameaça companhias aéreas com "lista negra"
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De  Euronews  com Lusa

Em causa está a crise migratória na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia. Comissão Europeia quer prevenir o tráfico e contrabando de seres humanos

A Comissão Europeia está a trabalhar de perto com o setor das companhias aéreas para prevenir o tráfico e contrabando de seres humanos. Em causa está a crise migratória na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia. Esta sexta-feira, a porta-voz da Comissão disse que foram alcançados avanços durante as conversações.

Dana Spinant revelou que Bruxelas está a explorar de perto possíveis sanções, “incluindo uma lista negra para as companhias aéreas que não cooperam nesta matéria e são complacentes com o tráfico".

A tensão aumenta na fronteira. A Bielorrússia garante que vai "responder com força" a qualquer ataque e o presidente polaco já anunciou o apoio total aos soldados. Andrzej Duda disse que o mundo tem de estar consciente que “os migrantes são tratados como coisas por quem governa no estrangeiro”. “São empurrados para a linha da fronteira para desestabilizar a situação na Polónia, na União Europeia e no Ocidente”, afirmou o presidente.

De acordo com o ministério da Defesa polaco, um grupo de migrantes atravessou a fronteira nesta sexta-feira e foi detido por soldados e guardas.

As Nações Unidas continuam a pedir aos dois lados para respeitarem os direitos humanos e para não utilizarem os migrantes com objetivos políticos.

Comissão Europeia anuncia progressos

Os esforços para conter o fluxo de migrantes concentrados na fronteira entre Bielorrússia e a Polónia estão a dar frutos, disse hoje o vice-presidente da Comissão Europeia, em Beirute.

"A situação geral é que estamos a ver progresso em todas as frentes", disse Margaritis Schinas, numa conferência de imprensa, após uma reunião com o Presidente libanês, Michel Aoun.

A União Europeia acusa Minsk de orquestrar este fluxo migratório, em particular através da emissão de vistos, em retaliação pelas sanções ocidentais impostas ao regime do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, após a violenta repressão dos seus opositores.

Margaritis Schinas anunciou ainda que partirá para Bagdade na segunda-feira e que visitará Ancara durante a próxima semana, para se inteirar da situação do fluxo migratório, sobretudo com origem no Médio Oriente.

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