Novas sanções à Bielorrússia vão visar companhias aéreas e agências de viagens

Novas sanções à Bielorrússia vão visar companhias aéreas e agências de viagens
Direitos de autor Leonid Shcheglov/BelTA pool photo via AP
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De  Euronews
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Sem fim à vista para a crise migratória na Europa Central, a União Europeia vai reforçar as penalizações à Bielorrússia. A diplomacia da UE está também em negociações com o Iraque, de onde vêm muitos dos migrantes.

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A União Europeia vai impor, a partir desta segunda-feira, novas sanções à Bielorrússia. As penalizações vão passar a abranger as companhias aéreas e as agências de viagens que se pensa estarem envolvidas no transporte de migrantes até à fronteira com os Estados-membros.

Para a diplomacia europeia não resta margem para dúvidas, Minsk está a encorajar migrantes a entrar no espaço comunitário como retaliação às sanções já impostas ao país.

A Polónia, um dos países afetados pela entrada ilegal de migrantes saúda a medida. Stanislaw Zaryn, porta-voz do coordenador dos Serviços Especiais polacos, afirmou que a "campanha pode estar a ser organizada por uma razão" e disse haver receios de "que possa levar à provocação e às tentativas de ataque [de migrantes] na fronteira para entrar no território polaco".

À medida que a crise na Europa Central se aprofunda, com milhares de migrantes acampados às portas da União Europeia, Minsk e Moscovo estreitam relações, que o presidente bielorrusso classifica como fraternas.

Alexander Lukashenko revela mesmo ter dito a Putin "o principal é que não hesites, para que se as coisas se tornarem difíceis, eu saiba que tenho um irmão mais velho atrás de mim, que não vai permitir que outros ofendam o irmão mais novo. Não precisamos de mais nada'".

Dias de intensa atividade têm entretanto pautado a adenda da diplomacia europeia, que, esta semana, esteve em contacto com o governo do Iraque, um dos principais países de origem e de trânsito desta vaga de migrantes.

O porta-voz do ministério iraquiano dos Negócios Estrangeiros, Ahmed Al-Sahhaf, que "estão também em curso discussões políticas e diplomáticas com os parceiros e amigos do Iraque dentro da União Europeia. Sublinhamos os princípios e as leis dos direitos humanos, e instamos todo o povo iraquiano a regressar voluntariamente". O governo iraquiano está a facilitar o processo de regresso, através da transportadora [aérea] nacional".

A crise entre a União Europeia, a Bielorrússia e a Rússia vai estar, esta segunda-feira, no topo da agenda do Conselho de ministros europeus dos Negócios Estrangeiros.

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