Promessas para o início das negociações de adesão da Macedónia do Norte à União Europeia continuam por cumprir.
"Onde está a data para a data" lê-se num graffiti no centro de Skopje, uma referência irónica às promessas não cumpridas para o início das negociações de adesão da Macedónia do Norte à União Europeia.
O país mudou de nome e resolveu uma querela de três décadas com a vizinha Grécia, com a promessa dos Estados-membros da UE de que isso colocaria o país no caminho das conversações de entrada no bloco forte europeu.
Mas até agora o processo tem sido bloqueado. Primeiro por França, que pedia uma nova metodologia para o alargamento, e depois pela Bulgária que contestou a identidade cultural e histórica dos macedónios.
Este impasse tem degradado a imagem, e a credibilidade, da União Europeia entre os cidadãos deste país, uma conclusão do Conselho Euro-Atlântico depois de uma investigação. Ilija Dzugumanov explicava que_"infelizmente, os eurocéticos e os que têm dúvidas em relação à NATO estão a ter mais voz no"país, e foram eles "os únicos vencedores das últimas duas eleições".
Nikola Dimitrov é um dos responsáveis, do lado da Macedónia do Norte, pelo processo de integração na UE. No país é conhecido como pró-europeu mas hoje as dúvidas são muitas porque, pergunta, "se a União Europeia não cumprir as promessas sobre um acordo que foi tão ampla e altamente elogiado, qual é a lição para Belgrado e Pristina? Para as questões que a Bósnia Herzegovina tem enfrentado em particular nestes últimos dias e semanas?" Dimitrov acrescenta que para "resolver os grandes problemas nos Balcãs" é preciso "que a UE continue a ser uma força para o bem" o que "é questionável devido à falta de compromisso", conclui.
Um correspondente da euronews em Skopje, Borjan Jovanoski, dizia que o "país aceitou a palavra «Norte» para limpar o seu caminho para a UE, mas após vários anos de promessas não cumpridas", como se lia num outro graffiti, ela foi substituída por outra: «sozinha».