Uma frente contra a "ameaça da Rússia"

Polónia e Lituânia alinham-se ao lado da Ucrânia. Cimeira tripartida esta segunda-feira que termina com um apelo ao reforço das sanções contra a Rússia. A reunião acontece no dia em que os Estados Unidos emitiram um aviso a desaconselhar qualquer viagem à Ucrânia.
Os serviços secretos norte-americanos dizem que a Rússia já tem 70 mil militares junto à fronteira ucraniana e que prepara um ataque "no início de 2022".
Moscovo desmente qualquer intenção de avançar, mas o presidente ucraniano tem outras certezas.
"A nossa tarefa comum é conter a ameaça - a ameaça da Rússia - para proteger a Europa da política agressiva da Rússia. Hoje, a Ucrânia, a Polónia e a Lituânia estão na linha da frente desta contenção," diz Volodymyr Zelensky no final da cimeira, em Huta, nos Cárpatos da Ucrânia Ocidental.
Em 2014, a Rússia anexou a Península da Crimeia. É também conhecido o apoio de Moscovo aos separatistas de Donbass, uma região no leste da Ucrânia, em guerra com Kiev. Mais de sete anos de combates provocaram a morte a cerca de 14 mil pessoas e devastaram o coração industrial da Ucrânia.
Nas últimas semanas, Moscovo tem repetido que vai responder ao menor sinal de ameaça.