A nova obra do escritor, considerado por vezes profético, levou a uma corrida às livrarias em França.
Em França, vive-se uma corrida às livrarias, com o lançamento de "Anéantir" (Aniquilar) a mais recente obra do escritor Michel Houellebecq, uma figura que tem tanto de polémica como de apaixonante para a legião de leitores que acumula por todo o mundo e se delicia com esta visão cínica da sociedade do século XXI.
"Penso que é o maior escritor francês vivo. Além disso, é contracultura, porque é homem, branco e heterossexual. É disso que precisamos. Literatura verdadeira, honesta e sincera", diz Leonardo, originário da Argentina.
Já Marie, francesa, diz: "É uma visão pessimista que partilho completamente. As personagens dele são personagens perdidas, que têm dificuldade em encaixar-se neste mundo que anda demasiado depressa e isso para mim é fascinante: Faz-me bem ler Houellebecq".
Este é o oitavo romance do autor, considerado muitas vezes profético, e mistura reflexões sobre o fim da vida com uma intriga política passada em 2027. A primeira edição foi tirada a 300 mil exemplares, com a Flammarion a apostar numa edição ilustrada de capa dura. Michel Houellebecq é editado em Portugal pela Alfaguara e no Brasil pela Companhia das Letras, não havendo ainda data para a publicação da tradução portuguesa deste novo romance.