Os robôs em destaque na Feira de tecnologia e Eletrónica de Las Vegas

Os robôs parecem ter tomado conta da Feira Internacional de Tecnologia e Eletrónica (CES), que terminou esta sexta-feira, nos Estados Unidos.
O enviado especial da Euronews a Las Vegas gravou parte desta última reportagem recorrendo a um "cameraman" autómato (ver vídeo no leitor em cima).
A forma como as imagens foram registadas pode parecer um pouco dinâmico demais, mas a câmara apenas seguiu os movimentos das mãos de Orlando Crowcroft, o nosso jornalista.
Não temos informação do custo da "contratação" deste novo operador de câmara nem se representa de facto uma melhoria quando comparado a termos a câmara nas mãos de um outro ser humano. A única certeza é que o repórter que trabalhar com este autómato vai ter de ser contido nos gestos.
O tema do "stand" da Doosan Robotics centra-se na cada vez mais próxima parceria entre humanos e robôs.
Os investigadores desta empresa sul-coreana pretendem mostrar-nos que no que toca à robótica, as pessoas não devem ter medo e garantem que as respetivas máquinas são programadas para executar os trabalhos que muitos humanos não gostam, como apanhar maçãs, um dos exemplos que têm exposto em Las Vegas.
A diretora-geral adjunta da Doosan Robotics garante que os robôs que estão a desenvolver não têm por finalidade substituir os humanos, apenas tornarem a nossa vida mais fácil e as propostas da sul-coreana têm até uma função mais de colaboração.
"Os robôs industriais não podem estar junto de humanos porque é necessária uma vedação. Já os robôs colaborativos têm um sensor e, quando uma pessoa lhes toca, eles param automaticamente", explicou-nos Dayoun Kim.
Alguns robôs humanoides, isto é com forma humana como uma das propostas da Hiunday no "stand" da Boston Dynamics, podem gerar desconfiança.
Roger Hebert, da Boston Dynamics, explica-nos que tudo "tem a ver com a ficção científica".
"Como humanos, fomos programados a ver filmes de ficção científica e a ver qualquer coisa com pernas como uma ameaça. O interessante é não termos a mesma perspetiva perante robôs com rodas. Há algo relacionado com as pernas que faz com que o nosso cérebro humano pressinta uma ameaça e não é de todo o caso", garantiu-nos Hebert.
O porta-voz da Boston Dynamics acrescenta que " primeira reação de algumas pessoas é assustarem-se" quando se confrontam com humanoides ou com robôs na forma de animais de quatro patas.
"A realidade", assegura Roger Hebert, "é que se trata de um carro com controlador remoto" e isso percebe-se quando se olha "ao grande esquema das coisas". "Tem operadores amigos por detrás", sublinha.
Dayoun Kim, por seu turno, disse-nos ainda "ser possível programar um género de vedação para travar o robô e limitar-lhe o raio de ação". "É isso que torna o nosso robô melhor para os humanos", assegura a responsável da Doosan Robotics, que desenvolveu um "kit" de bateria como se fosse um polvo com tentáculos.
De facto, quando baterista deixa o lugar, a música para e o conjunto de tambores e pratos não parece mais do que uma bateria. Ou será que está programado para aprender a ser muito mais? A resposta vem já a seguir, no futuro!