Covid-19 agrava incidência para mais de 6.100 casos por 100 mil habitantes em Portugal

Equipa de enfermeiros da ala covid do Hospital de Santa Maria, em Lisboa
Equipa de enfermeiros da ala covid do Hospital de Santa Maria, em Lisboa Direitos de autor AP Photo/Armando França
De  Francisco Marques
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Atualização da epidemia em Portugal revela aceleração das infeções, mas a taxa de transmissibilidade abrandou. Em Espanha, o certificado covid perde força

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A incidência de infeções pelo SARS-CoV-2 agravou-se em Portugal e esta sexta-feira a Direção-Geral de Saúde revelou estar a diagnosticar a cada 14 dias 6.130,9 casos por cada 100 mil habitantes, num dia em que somou quase 64 mil novos infetados e 44 mortes com Covid-19.

A atualização diria da epidemia revelou no entanto que o índice Rt, que mede o número de infeções gerado por cada doente, está a abrandar, tendo recuado uma centésima dos 1,17 de quarta-feira para os 1,16 desta sexta-feira.

Nos hospitais, entretanto, houve um agravamento no número de camas ocupadas. São agora 2.320 os "doentes covid" internados, mais 71 do que na quinta-feira, e deste total há 152 nos cuidados intensivos, mais cinco que na véspera.

A dois dias da chamada às urnas para as Legislativas, entre infetados e casos de contacto em vigilância profilática, há 1,1 milhões de pessoas em isolamento.

O governo abriu uma exceção para quem está em isolamento poder sair de casa no domingo e exercer o direito de voto entre as 18 horas e as 19 horas.

As autoridades apelam aos eleitores que estejam em isolamento para evitar deslocações em transportes públicos, para usarem máscaras de proteção FFP2, respeitarem as distâncias de segurança e a higienização das mãos para evitar a propagação do vírus.

Em Portugal mantém-se ainda várias medidas de contenção da Covid-19, como a apresentação obrigatória do certificado digital covid para aceder a restaurantes, estabelecimentos turísticos, espetáculos culturais, eventos com lugares marcados e ginásios.

O documento começa no entanto a perder força noutros países europeus.

Em Barcelona, por exemplo, deixou de ser necessário esta sexta-feira a apresentação do que em Espanha se apelida "passaporte covid" para aceder a bares, restaurantes ou ginásios.

No entanto, na comunidade valenciana, o "passaporte covid" mantém-se obrigatório, pelo menos até 28 de fevereiro.

Na Dinamarca, apesar do levantamento da maioria de restrições a partir de um de fevereiro, muitas empresas já anunciaram que pretendem manter em vigor algumas regras no local de trabalho, receando um eventual agravamento das infeções semanas após o levantamento das medidas.

A tendência europeia parece ser a de ajudar a economia através da recomendação de que todos temos de aprender a viver com o vírus.

É o caso da Alemanha, onde as autoridades garantem ter a Covid-19 sob controlo mesmo com as infeções a aumentar diariamente e uma incidência de mais de mil casos por 100 mil habitantes.

"Penso que temos a Ómicron sob controlo na Alemanha. É uma vaga cuja propagação não se pode controlar, mas as consequências sim e esse é o nosso objetivo. Queremos minimizar as consequências", afirmou Karl Lauterbach, o novo ministro da Saúde da Alemanha.

Mais a leste, a situação não é tão positiva. A Rússia terá ultrapassado a fasquia dos 700 mil mortos, de acordo com a Reuters. As autoridades de saúde russas anunciaram mais 673 óbitos em 24 horas e colocam o total de óbitos em quase 330 mil, menos de metade dos calculou a agência de notícias internacional.

O país bateu entretanto um novo recorde diário de infeções, com o registo de mais de 98 mil novos casos e o próprio Kremlin a admitir que as infeções devem de ser mais dada a fluidez de propagação da variante Ómicron.

Houve pelo menos mais 14 mil doentes a necessitar de hospitalização entre quinta e sexta-feira na Rússia.

Outras fontes • Lusa, Tass, AFP, AP

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