"Não queremos guerras", diz Lavrov sobre crise com Ucrânia

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O ministro russo dos Negócios Estrangeiros diz que Moscovo está interessado no caminho da diplomacia, mas haver pouca margem para um acordo com a NATO.

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No que depender da Rússia a paz na fronteira com a Ucrânia é para manter. Quem o diz é o próprio Kremlin, que esta sexta-feira afirmou preferir o caminho da diplomacia em vez da guerrapara resolver a crise com o país vizinho.

Numa entrevista transmitida por várias estações de rádio e televisão russas, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, exigiu, no entanto, o fim da política de expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) para as antigas repúblicas soviéticas, como a Ucrânia e a Geórgia, e a retirada das tropas do Leste europeu.

"Não haverá guerra, no que depender da Federação Russa. Não queremos guerras. Mas não permitiremos que os nossos interesses sejam grosseiramente espezinhados e ignorados", afirmou Lavrov.

Moscovo lamenta que os Estados Unidos da América (EUA) e a NATO tenham deixado pouca margem para um compromisso, após a rejeição das exigências russas.

Por telefone, Vladimir Putin disse ao presidente francês Emmanuel Macron que, antes de decidir o próximo passo, vai estudar a resposta do Ocidente. 

Para o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, todos os cenários são possíveis.

"Estamos prontos para ambas as opções. Estamos a trabalhar arduamente para o melhor: uma solução política pacífica. Mas também estamos preparados para o pior: a Rússia a usar mais uma vez a força contra a vizinha Ucrânia", disse.

Washington deixa ainda um aviso a Moscovo: em caso de invasão da Ucrânia, a Rússia será alvo de sanções, que vão afetar tanto altos funcionários, como setores fulcrais da economia.

A Aliança Atlântica acusa a Rússia de ter enviado pelo menos 100 mil tropas para a fronteira ucraniana, nos últimos meses.

Mas questionado pela Euronews sobre a situação na fronteira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, preferiu pôr água na fervura do conflito e disse não ver "hoje uma maior escalada militar do que antes. Sim, o número de tropas aumentou, mas já no início de 2021 falava sobre isso. A imagem que os meios de comunicação social dão é a de que temos tropas nas estradas, mobilização, que as pessoas estão a partir. Não é esse o caso, não precisamos deste pânico".

Apesar da vontade de desanuviar as tensões na fronteira ucraniana, a NATO pediu esta semana a Portugal para preparar meios militares. Os EUA têm já 8.500 soldados em alerta máximo para um possível destacamento para a Europa.

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