O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, diz que foi uma "noite difícil"
O exército russo continua a invasão na Ucrânia. Este domingo, entrou na segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, no nordeste do país. De acordo com as agências de notícias, no local, registam-se disparos, explosões e tiroteios, nas ruas
Kharkiv tem 1,4 milhões de habitantes, é a segunda maior cidade do país e fica a cerca de 400 quilómetros a leste da capital, Kiev. As autoridades ucranianas garantem estar sob o seu controlo.
Entretanto, o exército russo afirmou ter cercado as cidades de Kherson e Berdyansk, no sul da Ucrânia, com 290.000 e 110.000 habitantes, respetivamente.
"Nas últimas 24 horas, as forças armadas russas bloquearam, completamente, as cidades de Kherson e Berdyansk", anunciou o ministério russo da Defesa num comunicado. No documento, pode ler-se, ainda, que afirmam ter dominado a cidade costeira de Genichesk, no Mar de Avov, e um aerómedro perto de Kherson.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse que tinha sido uma "noite difícil" depois de as forças russas terem atingido várias infraestruturas civis.
Na rede social Twitter, Zelenskyy informou que "A Ucrânia apresentou uma queixa contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça. A Rússia deve ser responsabilizada por manipular a noção de genocídio para justificar a agressão. Solicitamos uma decisão urgente ordenando à Rússia que cesse agora a atividade militar e esperamos que os julgamentos comecem na próxima semana".
Entretanto, os países ocidentais anunciaram, no sábado, que iriam retirar alguns "bancos russos" do SWIFT, num esforço para cortar o país do sistema bancário financeiro internacional.
O que precisa saber:
- As tropas russas entraram em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, no quarto dia da sua invasão no país.
- As sirenes de ataque aéreo ressoam em Kiev, mas a capital permanece sob controlo ucraniano.
- Foram relatadas mortes de civis devido a bombardeamentos russos, no sábado.
- A Rússia fecha o espaço aéreo a vários países da União Europeia como retaliação. A Finlândia é o mais recente país da UE a fechar o espaço aéreo a aviões russos.
- Alguns bancos russos serão retirados do sistema de pagamentos internacionais SWIFT, disse a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.