Mais de 660 mil pessoas já fugiram da violenta ofensiva russa na Ucrânia

Mais de 660 mil pessoas já fugiram da violenta ofensiva russa na Ucrânia
Direitos de autor Darko Vojinovic/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
Direitos de autor Darko Vojinovic/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

ONU apela para um pacote de emergência de 1.7 mil milhões de dólares

PUBLICIDADE

A Polónia é um dos principais destinos dos deslocados pela guerra na Ucrânia. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 660,000 pessoas deixaram já o país, na maioria mulheres, crianças e idosos, que partiram com pouco mais do que as roupas vestidas para escaparem à ofensiva russa.

No meio da tragédia e do caos, alguns denunciam que está a ser dada prioridade ao transporte, rodoviário ou ferroviário, de cidadãos ucranianos, em detrimento de residentes não europeus, na sua maioria indianos e africanos, que pretendem sair do país.

A Polónia nega qualquer tipo de discriminação, sublinhando que acolheu até ao momento 300,000 pessoas de 125 nacionalidades.

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um apelo para um pacote de emergência para assistência humanitária no valor de 1.7 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) e alertou para uma crise sem precedentes que poderá gerar mais de 4 milhões de deslocados.

Qualquer que seja o destino, o número de deslocados devido à ofensiva das forças afetas a Putin continua a subir. Uma jovem egípcia, estudante na Ucrânia, acabou de atravessar a fronteira para a Roménia e descreveu-nos o que deixou para trás.

Tem havido bombas todos os dias. Os transportes pararam, os supermercados estão vazios, as caixas multibanco não dão dinheiro.

As pessoas estão a tentar deixar a cidade mas os comboios estão lotados, só há um comboio por dia para tanta gente.
Jovem egípcia
Estudante na Ucrânia

Dezenas de milhares de pessoas partiram em direção à Roménia ou Moldávia, o país mais pobre da Europa, que está a colher os deslocados de braços abertos. A Eslováquia é outros dos principais destinos.

O comboio que chegou na segunda-feira à noite à cidade checa de Ostrava trazia 400 refugiados a bordo, a maioria mulheres e crianças.

Mas não são só os países vizinhos que recebem, ou preparam-se para receber, deslocados. Depois de três dias de viagem, Vitalii Hryzhun chegou com a família à comuna francesa de Chalon-Sur-Saône.

Partimos de pijamas, a meio da noite. Havia carros por todo o lado. Um soldado meu vizinho disse-me 'isto é guerra'. Todo o território da Ucrânia foi bombardeado.
Vitalii Hryzhun
Deslocado

Chalon-Sur-Saône está a adaptar vários espaços, com vista ao acolhimento de deslocados pela guerra, que se estima ir agravar-se nos próximos dias.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Primeira conversa entre russos e ucranianos

Europa regista temperaturas cada vez mais extremas

ONU preocupada com distribuição de água em Gaza