Embaixada dos EUA em Kiev considera o ataque russo à maior central nuclear da Europa um "crime de guerra"
O ataque russo à central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, deixou o mundo em estado de alerta e a embaixada dos Estados Unidos em Kiev classificou mesmo a ação de "crime de guerra".
Apesar de o incêndio ter sido extinto e de a Agência Internacional de Energia Atómica ter assegurado que não existia qualquer fuga radioativa, Volodymyr Zelenskyy alertou para o que podia ter acontecido:
"As tropas russas atacaram a central nuclear de Zaporizhzhia. É a maior da Europa e as consequências podem ser equivalentes a seis desastres de Chernobyl. Os russos sabiam ao que estavam a disparar e apontavam diretamente à central. É um nível de terror sem precedentes."
Do lado dos russos, tenta-se justificar o injustificável com uma explicação que não coincide com as imagens existentes do ataque. De acordo com Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, "os disparos dos sabotadores ucranianos no edifício foram suprimidos pelas forças russas com recurso a armas de pequeno calibre. Na retirada, o grupo de sabotadores ucranianos incendiou o edifício."
A invasão russa não tem fim à vista e não dá descanso à resistência ucraniana, que no entanto mantém o controlo das principais cidades do país. No coração da capital, os sistemas de defesa antitanque mostram o receio de um ataque iminente dos russos, nos arredores de Kiev, as feridas da guerra saltam à vista de forma desoladora.
De acordo com as Nações Unidas, desde o início da invasão russa já deixaram a Ucrânia mais de um milhão e 200 mil pessoas.
O G7 já anunciou mais um pacote de sanções à Rússia mas Vladimir Putin e companhia têm-se mostrado indiferentes às consequências económicas da invasão.