Autocarros lotados fogem da guerra na Ucrânia

Militares ucranianos distribuem água às pessoas em Mariupol
Militares ucranianos distribuem água às pessoas em Mariupol   -  Direitos de autor  Evgeniy Maloletka/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
De  Nara Madeira

Vários autocarros, repletos de gente, partiram de Sumy para Poltava depois de uma noite de intensos bombardeamentos.

Após uma noite de intensos bombardeamentos, e com a abertura de um corredor humanitário, autocarros lotados conseguiram sair de Sumy em direção à cidade ucraniana de Poltava. Entre os que conseguiram partir estava um grupo de estudantes da Índia e da China.

Até aqui, todas as tentativas para proceder às evacuações tinham falhado, entre acusações mútuas de violação do cessar-fogo. Outras tréguas estão previstas para permitir a partida de civis. Na terça-feira, e de acordo com o ministério da Defesa russo, acontecerá uma em Kiev, Chernigov, Sumy, Kharkiv e Mariupol.

As cenas de pessoas que fogem, como podem, repetem-se em várias cidades sitiadas pelo exército russo, entre elas Irpin, a oeste de Kiev. 

Os civis têm, muitas vezes, de atravessar áreas fortemente atingidas por bombardeamentos ou pontes que foram destruídas para impedir o avanço das tropas russas. Uma idosa, dizia a chorar, não perceber o que se está a passar: "Como se pode falar de humanidade, neste mundo? Quando o nosso país está a ser todo destruído?", perguntava, acrescentando que tinham tudo o que precisam e que estavam "felizes" com o que tinham. "Como pode o mundo inteiro permitir que o nosso país seja varrido da face da terra?" - questionava esta senhora.

O número de ucranianos em fuga continua a aumentar. De acordo com as Nações Unidas, ultrapassou os dois milhões esta terça-feira, com a Polónia a acolher a maioria deles, seguida da Hungria e Eslováquia.

A ONU advertiu que a invasão russa da Ucrânia levou ao mais rápido êxodo de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Se nada mudar, o seu número poderá ultrapassar os 5 milhões.

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