Vários autocarros, repletos de gente, partiram de Sumy para Poltava depois de uma noite de intensos bombardeamentos.
Após uma noite de intensos bombardeamentos, e com a abertura de um corredor humanitário, autocarros lotados conseguiram sair de Sumy em direção à cidade ucraniana de Poltava. Entre os que conseguiram partir estava um grupo de estudantes da Índia e da China.
Até aqui, todas as tentativas para proceder às evacuações tinham falhado, entre acusações mútuas de violação do cessar-fogo. Outras tréguas estão previstas para permitir a partida de civis. Na terça-feira, e de acordo com o ministério da Defesa russo, acontecerá uma em Kiev, Chernigov, Sumy, Kharkiv e Mariupol.
As cenas de pessoas que fogem, como podem, repetem-se em várias cidades sitiadas pelo exército russo, entre elas Irpin, a oeste de Kiev.
Os civis têm, muitas vezes, de atravessar áreas fortemente atingidas por bombardeamentos ou pontes que foram destruídas para impedir o avanço das tropas russas. Uma idosa, dizia a chorar, não perceber o que se está a passar: "Como se pode falar de humanidade, neste mundo? Quando o nosso país está a ser todo destruído?", perguntava, acrescentando que tinham tudo o que precisam e que estavam "felizes" com o que tinham. "Como pode o mundo inteiro permitir que o nosso país seja varrido da face da terra?" - questionava esta senhora.
O número de ucranianos em fuga continua a aumentar. De acordo com as Nações Unidas, ultrapassou os dois milhões esta terça-feira, com a Polónia a acolher a maioria deles, seguida da Hungria e Eslováquia.
A ONU advertiu que a invasão russa da Ucrânia levou ao mais rápido êxodo de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Se nada mudar, o seu número poderá ultrapassar os 5 milhões.