A Coreia do Sul está a bater recordes de infeções por Sars-Cov2, com mais de 620 mil casos em 24 horas, numa altura em que o país reduz as restrições
A Coreia do Sul registou um número recorde diário de mais de 620 mil infeções por Sars-Cov 2, o valor mais elevado desde o início da pandemia, há dois anos.
A variante Omicron intensifica os contágios, numa altura em que o governo alivia as restrições, deixando os sul coreanos divididos sobre a forma de lidar com esta fase da pandemia.
Chun Young-ho, um funcionário da embaixada de França em Seul afirma: "Penso que o governo não deve estabelecer qualquer restrição por causa do coronavírus. Devem levantar todas as restrições e deixar as pessoas fazerem o que querem fazer. Creio que as pessoas já aprenderam, nos últimos anos, a gerir-se a si próprias".
Já a jovem Moon Chae-rim diz: "Sinceramente, sinto que o governo deveria reforçar as restrições porque os números estão a aumentar exponencialmente. Penso que é porque o governo aliviou as restrições, mesmo sabendo que a resposta inicial foi fundamental para conter a pandemia".
Segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), a Coreia do Sul é o país com mais casos registados nos últimos sete dias, com mais de 2 milhões e 300 mil infeções, seguida pelo Vietname com quase um milhão e oitocentas mil.
Seul abandonou o seu programa "rastrear, testar e tratar" no mês passado, uma vez que um surto dramático nos casos Omicron ameaçava sobrecarregar o seu sistema de saúde.
Ainda assim, esta quinta-feira foram registadas 429 mortes, mais 140 do que no dia anterior.
O governo decidiu que a partir de 21 de março deixa de ser obrigatória a quarentena para viajantes, mas mantém-se o recolher obrigatório e a limitação de reuniões de grupo a seis pessoas.