As atenções voltam a centrar-se na autoproclamada Republica da Transnístria, junto à fronteira com a Ucrânia, onde estão estacionados soldados russos há 30 anos
Para lá do Rio Dniestre, na raia moldava, junto à Ucrânia, a autoproclamada República separatista da Transnístria volta a concentrar atenções. Internacionalmente, o território faz parte da Moldávia. Nem a Rússia lhe reconhece a independência, embora tenha lá tropas desde o cessar-fogo que em 1992 pôs fim à guerra civil.
O avanço russo na Ucrânia, desperta medos antigos. Uma esidente em Cosnita fala mesmo em "pânico" entre a população e diz que "se a guerra chegar à cidade ucraniana de Odessa, o receio vai aumentar".
Por agora, os moldavos esperam e preparam-se para o melhor. A Moldávia, tal como a Ucrânia, também não faz parte da NATO, mas tem feito questão de se proclamar independente no xadrez geostratégico internacional e espera com isso retirar alguns dividendos.
"Sabemos que temos um exército russo na Transnístria, a poucos quilómetros de Chisinau. Está lá estacionado há 30 anos, e existe lá um arsenal de armas, mas até agora tem estado calmo. Mas, claro, não sabemos o que se segue," diz o deputado moldavo Dumitru Alaiba.
Cosnita é agora ponto de destino de muitos refugiados vindos da Ucrânia.
A Moldávia tem sido um dos países de acolhimento para quem foge à guerra. De acordo com as estatísticas oficiais, entre os países vizinhos é aquele que tem a taxa de refugiados per capita mais elevada.