Esboço de um acordo parece agora mais próximo. Ucrânia aceita desistir da NATO, mas qualquer tratado de paz será sujeito a referendo.
As negociações em Istambul trouxeram, pela primeira vez desde o início da guerra, uma luz ao fundo do túnel quanto à resolução do conflito. A Ucrânia está disposta a abdicar da pertença à NATO, mas não da União Europeia. A Rússia aceita essa hipótese e promete, por enquanto, reduzir a presença militar em certas zonas. Parece avançar-se em direção a um esboço de acordo, mas ainda sem nada concreto.
"Tomámos a decisão de reduzir drasticamente a atividade militar na direção de Kiev e Chernihiv. Esperamos agora que o governo ucraniano tome decisões correspondentes e que sejam criadas as tradições para um futuro trabalho normal", disse Alexander Fomin, vice-ministro russo da Defesa, em representação do Kremlin na mesa de negociações.
Para o lado ucraniano, a aceitação de um acordo de paz tem sempre de passar por um referendo. "A implementação deste tratado sobre as garantias de segurança tem de acontecer da seguinte forma: Em primeiro lugar, tem de haver um referendo em que todos os cidadãos da Ucrânia vão dar a sua opinião sobre este tratado e como vai funcionar. Depois tem de haver um processo de ratificação por parte dos parlamentos dos países mediadores e do parlamento da Ucrânia. Temos de ter o apioo da sociedade para que este tratado possa consolidar essa mesma sociedade", disse o negociador ucraniano Mykhailo Polodyak.
Como a questão das fronteiras ucranianas se vai refletir no futuro acordo é ainda uma incógnita. O lado russo diz que um encontro entre Putin e Zelenskyy será possível quando houver um esboço de um tratado de paz.