O primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, não autorizou a abertura de mesas de voto no seu território, apesar da pressão internacional.
O sol assinala no início da primavera em Mitrovica, no norte do Kosovo. Os cafés estão cheios. No domingo, dia de eleições na Sérvia, o cenário deve ser o mesmo. O primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, não autorizou a abertura de mesas de voto no seu território, apesar da pressão internacional. Segundo Kurti, a Sérvia não pediu autorização às autoridades kosovares para realizar uma votação e, por conseguinte, não respeitou a soberania do Kosovo argumentando que o seu papel é defendê-la.
Seja qual for o argumento, milhares de sérvios do Kosovo impedidos de votar criticam decisão. A etnia sérvia em Kosovska Mitrovica também critica o governo sérvio.
Os residentes esperam que seja um dia pacífico, acrescentando que ninguém precisa de uma guerra. De acordo com quem acompanha os desenvolvimentos políticos em Pristina, não são esperadas tensões. Mas, segundo eles, é importante que o governo do Kosovo estenda a mão à minoria sérvia. Entretanto, os sérvios do Kosovo podem sempre aproveitar a oportunidade dada por Belgrado: atravessar a fronteira para votar do lado sérvio.