O mundo em choque com as atrocidades cometidas na Ucrânia

Um corpo numa rua de uma localidade na Ucrânia
Um corpo numa rua de uma localidade na Ucrânia Direitos de autor Vadim Ghirda/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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Choque e incompreensão perante as imagens atrozes de locais deixados pelas forças russas. Moscovo diz que fotografias e vídeos são uma "provocação"

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Com a retirada das forças russas de cidades e aldeias dos arredores de Kiev, a verdadeira dimensão das atrocidades cometidas torna-se evidente, assim como a resistência encontrada no terreno.

O mundo reage com horror às cenas das ruas de Busha, juncadas de cadáveres de civis, alguns com as mãos atadas, numa aparente execução.

Um jornalista da AFP contou cerca de 20 cadáveres numa só rua.

O presidente da câmara, Anatoly Fedoruk, diz que "enterraram 280 pessoas em valas comuns, e que as pessoas foram baleadas na parte de trás da cabeça".

Fedoruk disse que as vítimas eram homens e mulheres, e que também tinha visto um rapaz de 14 anos entre os mortos.

A Alemanha fala de um "terrível crime de guerra", tal como o Reino Unido; a Human Rights Watch afirmou ter documentado provas de assassinatos arbitrários de civis.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, diz que há relatos de horrores indescritíveis em áreas de onde a Rússia se está a retirar", apela a uma "investigação independente" a fim de responsabilizar os "perpetradores de crimes de guerra".

O Presidente do Conselho da UE, Charles Michel, diz-se "Chocado por imagens assombrosas de atrocidades cometidas pelo exército russo na região libertada de Kiev e afirma que a UE está a ajudar a Ucrânia e as ONG's na recolha das provas necessárias para a perseguição em tribunais internacionais", informando que "mais sanções e apoio da UE estão a caminho".

O Ministério da Defesa russo escreve no seu canal oficial, no Telegram, que as "fotografias e vídeos publicados pelo governo ucraniano são uma provocação".

A Ucrânia reclama os corpos da chefe da aldeia de Motyzhin, Olga Sukhenko, e do seu marido, que os russos raptaram no dia 23 de março e a vice-primeira-ministra, Iryna Vereschuk diz que "no dia de hoje, 11 líderes de comunidades locais de Kiev, Kherson, Kharkiv, Zaporizhzha, Mikolaiv e Donetsk estão em cativeiro".

Depois de terem semeado morte, destruição e caos na região de Kiev, as forças russas estão a reagrupar os efetivos, para um cenário semelhante no leste. Segundo o porta-voz do presidente ucraniano, Sergey Nikiforov, os contingentes militares russos estão a preparar o cerco às forças ucranianas no Donbass.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmyto Kuleba escreveu no twitter: "O massacre de Bucha prova que o ódio russo contra os ucranianos está para além de tudo o que a Europa tem visto desde a Segunda Guerra Mundial. A única forma de impedir isto: ajudar a Ucrânia a expulsar os russos o mais depressa possível.

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