Rússia intensifica bombardeamentos no leste da Ucrânia

A Rússia aumentou o ritmo e a intensidade dos ataques nas regiões do leste da Ucrânia.
Segundo as forças ucranianas, em Mariupol as forças invasoras intensificaram os bombardeamentos ao último reduto da cidade, a fábrica de aço Azovstal e terão infligido mais baixas. Estima-se que mais de mil civis estejam ali refugiados.
Os ucranianos dizem que o exército russo quer assumir o controlo, o mais rapidamente possível, das regiões de Donetsk e Luhansk.
O porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Shtupun, anunciou que "o inimigo continua as operações ofensivas na Zona Operacional Oriental com o objetivo de estabelecer um controlo total sobre o território das regiões de Donetsk e Luhansk e sobre o corredor terrestre com a Crimeia, temporariamente ocupada. O inimigo está a aumentar o ritmo da operação ofensiva. Os ocupantes russos estão a exercer fogo intenso em quase todas as áreas".
O Exército russo afirmou, esta quinta-feira, que as forças ucranianas atacaram, com mísseis, a cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, que está sob controlo dos invasores.
Mikhailo Podolyakm, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, escreveu, no Twitter, que "a Ucrânia vai defender-se de que forma for, incluindo ataques aos armazéns e bases dos assassinos russos" pois "o mundo reconhece-lhe esse direito".
O Kremlin respondeu com mais ameaças a Kiev e ao Ocidente.
"Este tipo de ação criminosa das Forças Armadas Ucranianas contra a Rússia não pode ficar sem resposta. Gostaríamos que Kiev e as capitais ocidentais levassem a sério as declarações do nosso Ministério da Defesa de que novas tentativas de incitar a Ucrânia a atingir alvos russos desencadearão definitivamente uma resposta dura por parte da Rússia", avisa a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova.
A população de Odessa prepara-se para defender a cidade das forças invasoras russas... O conflito na Ucrânia fez já milhares de mortos, onde se inclui um britânico, como foi divulgado, esta quinta-feira, pelo Governo do Reino Unido. Outro continua desaparecido. Os dois homens seriam voluntários no exército ucraniano.