Governo de Erevan é acusado de abandonar a região separatista de Nagorno-Karabakh
Na Arménia continuam os protestos contra o primeiro-ministro e a forma como está a gerir o conflito com o Azerbaijão na região de Nagorno-Karabakh. Esta terça-feira, mais de duzentas pessoas foram detidas, em várias regiões do país, durante as manifestações que pediram a renúncia de Nikol Pashinyan. Os líderes da oposição acusam o governo de querer abandonar o enclave separatista.
Armen Ashotyan, deputado arménio, participou na manifestação em Erevan. Diz que o primeiro-ministro “não tem o direito de vender as conquistas nacionais, como a questão de Karabach e o reconhecimento internacional do genocídio arménio”. “Nikol Pashinyan apresenta orgulhosamente as conquistas de Baku e Ancara, as conquistas turco-zerbaijanas, não as da Arménia ou de Artsakh", declarou.
As manifestações, que juntam milhares de pessoas a pedido da oposição, começaram no domingo. Estes são os maiores protestos contra o governo desde as eleições de setembro de 2021, ganhas pelo partido de Pashinyan.
A Região de Nagorno-Karabakh é disputada pela Arménia e Azerbaijão há 30 anos. Em 2020, foi palco de uma guerra de seis semanas que terminou com um cessar-fogo negociado pela Rússia. O acordo mediado por Moscovo é visto na Arménia como uma humilhação nacional.