MNE ucraniano Dmytro Kuleba foi convidado para o encontro de ministros do G7 e criticou "falta de união" entre os países da UE sobre as sanções à Rússia.
Os chefes da diplomacia dos sete países mais industrializados do mundo quiseram mostrar, mais uma vez, o apoio incondicional à Ucrânia. O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, foi convidado para se juntar aos colegas dos países do G7, na Alemanha.
Um dos pedidos de Kuleba é que os bens confiscados à Rússia sejam entregues à Ucrânia. O ministro deixou ainda críticas à Hungria, por recusar impor um embargo ao petróleo russo: "Se este pacote de sanções for adotado sem embargo ao petróleo, o presidente Putin pode festejar, porque vai ser o primeiro caso em que a unidade da União Europeia é quebrada por causa da posição de um único país - a Hungria".
Serguei Lavrov, chefe da diplomacia de Moscovo, respondeu à Ucrânia a partir da reunião de ministros da Comunidade de Estados Independentes, no Tajiquistão, onde deixou recados à União Europeia, a propósito da intenção do governo de Kiev de se juntar ao bloco.
"A Ucrânia tenta, por todos os meios, enfatizar a aspiração de se juntar à União Europeia. Tenho dúvidas quanto ao caráter inócuo desse desejo, já que a União Europeia, concebida como plataforma económica e construtiva, se tornou um ator beligerante e agressivo", disse Lavrov.
Ministros da defesa dos EUA e Rússia retomam diálogo
Os Estados Unidos têm-se mostrado incondicionalmente do lado da Ucrânia, mas o diálogo com a Rússia foi agora retomado. Segundo anunciou o porta-voz John Kirby, o secretário da defesa Lloyd Austin teve uma conversa telefónica com o ministro da Defesa russo, Serguei Shoygu, o que aconteceu pela primeira vez desde antes do início da guerra na Ucrânia.
No terreno, o cenário de destruição vai aumentando. A Ucrânia anunciou novas baixas de peso infligidas aos russos. Segundo fontes das tropas ucranianas, a Rússia sofreu um revés ao tentar passar o rio Donets para tentar controlar o sul do Donbass. O lado russo terá perdido 70 unidades de equipamento e dois batalhões de infantaria em apenas quatro dias.
A Rússia anuncuou, entretanto, que deixaria de fornecer eletricidade à Finlândia, como represália pela vontade de Helsínquia de se juntar à NATO.