Ex-Presidente da Moldávia detido por suspeitas de traição

O antigo presidente da Moldávia, Igor Dodon, foi detido, esta terça-feira, por suspeitas de traição, corrupção, enriquecimento ilícito e financiamento ilegal de partidos, após rusgas feitas pela polícia.
O também líder da principal força da oposição pró-Russia, foi detido em casa, na capital, Chisinau, e foi depois escoltado pela polícia. Nas ruas, juntaram-se vários apoiantes e oponentes de Dodon.
O risco de "destruição de provas" levou as autoridades a prenderem o ex-presidente durante 72 horas, enquanto decorrem as buscas. A Rússia mostra-se preocupada com a decisão, conforme demonstrou Dimitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
O antigo chefe de Estado, próximo de Moscovo, que liderou o país de 2016 a 2020 é suspeito de ter recebido dinheiro de um aliado político e oligarca moldavo, Vlad Plahotniuc, que se encontra atualmente exilado nos Estados Unidos da América.
De salientar que o governo da Moldávia teme um possível ataque russo contra o país, nomeadamente, através da região pró-russa da Transnítria, no extremo leste do país, que contabiliza, no terreno, cerca de 2 mil soldados russos. No mês passado, foram ouvidas várias explosões na região secessionista, o que aumentou o receio de que a guerra na Ucrânia se pudesse estar a expandir para a Moldávia.