Projeto "MigraVías" protege milhares de quilómetros de rotas de migração marinhas

Fauna marinha no Oceano Pacífico
Fauna marinha no Oceano Pacífico   -  Direitos de autor  LUIS ROBAYO/AFP
De  Francisco Marques

Equadro, Colômbia, Panamá e Costa Rica juntam-se para alargar zonas de proteção de espécies marinhas às rotas de migração, cobrindo milhares de quilómetros do oceano

Uma nova parceria no Pacífico Este Tropical vai permitir a diversas espécies marinhas nadar em segurança durante as habituais migrações entre zonas protegidas do Equador, do Panamá, da Colômbia e da Costa Rica.

As denominadas "MigraVías" têm por objetivo salvar da extinção diversas espécies existentes, por exemplo, nas Galápagos e que se encontram ameaçadas devido por exemplo à pesca intensiva fora das áreas protegidas já estabelecidas na lei.

"Quando os animais se deslocam das respetivas áreas protegidas ficam de novo vulneráveis à pesca intensiva e à atividade humana. Por isso, porque não regulamos e protegemos essas autoestradas subaquáticas que ligam essas zonas chave?", questionou-se Erick Ross Salazar, o diretor-executivo da Organização Não Governamental MigraMar.

Os cientistas da ONG trabalharam lado a lado com membros dos governos envolvidos no projeto para traçar as rotas marinhas de migração, por exemplo, dos tubarões martelo, uma das espécies agora protegidas por estas novas vias seguras, um género de autoestrada mostradas no filme da Disney pelo famoso peixe palhaço "Nemo".

“Se conseguirmos proteger estes habitats específicos, que são os corredores usados pelos animais nas migrações, podemos dar a estas espécies uma nova oportunidade de poderem respirar e recuperar", defendeu Mario Espinoza, professor de Biologia na Universidade da Costa Rica.

As "MigraVías" são compostas por rotas de migração agora protegidas, cobrindo milhares de quilómetros entre as ilhas Malpelo, na Colômbia, e Coiba, no Panamá, e entre as Galápagos, no Equador, e a Ilha do Coco, na Costa Rica.

Outras fontes • Migramar

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