Inflação na Hungria atira cada vez mais pessoas para a pobreza

A inflação na Hungria está a bater recordes. No mês de maio, atingiu os 11,8%. As famílias mais numerosas sentem de outra forma o aumento do custo de vida.
É o caso de Szabina Balogh. É mãe solteira, não tem emprego e tem seis filhos.
"Infelizmente, os meus filhos já não comem frutas e doces há não sei quanto tempo. É mais importante para eles comerem comida", conta à Euronews, Szabina Balogh.
As despesas diárias são uma luta mas há famílias que têm dificuldade em criar os filhos recém nascidos, os quais exigem mais orçamento, tal como testemunha a "Associação Lavandaria", que doa roupas a quem precisa.
"Há muitas gravidezes de crise hoje em dia, quando não há certeza se a mãe pode levar o bebé para casa do hospital.", diz Andrea Vörösné Deák, presidente da Associação. "Vemos vários bebés a não serem levados para casa das mães só porque não têm um berço, ou fraldas, o que não significa que não terão um ambiente de amor em casa.", concluiu.
Muitas pessoas costumavam recorrer a organizações não governamentais para conseguirem pagar as contas da luz, do gás ou até mesmo a renda. A inflação faz com que muitas mais pessoas recorram a essas ajudas mas, agora, para comer.