Médicos turcos fogem da crise para o estrangeiro

Médicos em hospital turco
Médicos em hospital turco Direitos de autor Mehmet Guzel/Copyright 2020 The Associated Press
Direitos de autor Mehmet Guzel/Copyright 2020 The Associated Press
De  Nara Madeira com AP
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Profissionais de Saúde turcos fogem à crise económica partindo para o estrangeiro onde procuram uma vida melhor

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A Associação Médica da Turquia diz que muitos profissionais de Saúde estão a abandonar o país para encontrar melhores condições de trabalho e de vida. Em 2021 mais de 1.000 médicos terão iniciado o processo para deixar a Turquia.

Tahsin Cinar, anestesiologista, explicava que "q__uase um em cada quatro" dos seus "amigos médicos residentes estão a estudar cursos de línguas. A maior parte deles alemão. Estão a completar as suas residências" na Turquia e a partir depois para a "Alemanha como médicos especialistas".

"Há uma fuga de cérebros, de trabalhadores, muito importante. Mas não os julgo porque aqui a profissão não tem valor".
Tahsin Cinar
Anestesiologista turco

Num país com uma inflação galopante, a Turquia afunda-se numa crise cada vez mais profunda. Com o custo de vida a disparar. Os preços ao consumidor aumentaram 4,95% numa base mensal, de acordo com dados oficiais.

Enes Ozkan, economista e investigador da Universidade de Istambul, referia que a inflação está diretamente relacionada "com a fuga de cérebros". Mas o fundamental é analisar as suas "causas". Concluia que o que cria a inflação é, "na verdade, a má política económica da Turquia".

Em março, o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan, convidava os médicos que queriam partir a fazerem-no. Acabou depois por aligeirar o discurso dizendo acreditar que eles regressarão quando a Turquia lhe oferecer um "futuro brilhante".

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