Moscovo reforça ataques e avança com russificação das cidades ocupadas

Um trabalhador limpa destroços dos bombardeamentos na região de Donetsk, no leste da Ucrânia
Um trabalhador limpa destroços dos bombardeamentos na região de Donetsk, no leste da Ucrânia Direitos de autor David Goldman/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Euronews
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Rússia tenta quebrar impasse no leste da Ucrânia e alargar ocupação. Autoridades ocupantes revelam que milhares de cidadãos ucranianos têm já passaporte russo.

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A Rússia alega ter causado 2 mil baixas entre os soldados ucranianos durante os combates pelo controlo da aldeia de Soledar, na região de Donetsk. No leste da Ucrânia, onde os avanços no território caíram num impasse bélico, Moscovo reforçou os ataques e tenta encontrar uma brecha na defesa ucraniana para tomar a área ainda controlada por Kiev.

Do lado da Ucrânia, as autoridades contam a morte de sete civis, vítimas dos bombardeamentos desta quinta-feira, na região

Donetsk está a ser evacuada desde o início do mês, por decreto governamental, de forma a evitar mais mortes entre a população encurralada entre as duas forças beligerantes. De acordo com o executivo ucraniano, o objetivo é retirar da região dois terços dos civis, ainda antes do inverno.

Russificação das cidades ocupadas

Na costeira e ocupada cidade de Berdyansk, o Kremlin convidou um grupo restrito de jornalistas para mostrar ao resto do mundo como está a gerir a pacificação do território. 

Os laços com Moscovo estão a ser reforçados com a naturalização dos cidadãos ucranianos. Desde junho, dizem as autoridades ocupantes, 2.500 cidadãos ucranianos receberam passaportes russos e 5 mil estão à espera do documento.

A menos de uma centena de quilómetros, em Mariupol, as imagens que chegam agora são de reconstrução, com edifícios habitacionais e um hospital para doenças infecciosas a começarem a ser erguidos na cidade ocupada.

Bucha enterra vítimas da guerra

As imagens da paz que a Rússia mostra nas cidades ocupadas contrastam com o cenário de guerra em Bucha. Um a um, os caixões vão chegando à última morada, onde a descida à terra é acompanhada por um serviço religioso. 

A maioria dos cadáveres, revela Andriy Golovin, pastor responsável pelas cerimónias fúnebres, apresenta um tiro na cabeça. "Portanto, não foi nem um acidente, nem uma explosão. Estas pessoas foram deliberadamente mortas", afirma

Esta quinta-feira, chegaram os restos mortais de mais 11 pessoas ao cemitério da cidade. onde outros 400 corpos foram já enterrados sem qualquer identificação.

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