Guterres em Odessa: "Abram os portos, mas também as carteiras"

António Guterres em Odessa
António Guterres em Odessa Direitos de autor Kostiantyn Liberov/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Ricardo Figueira
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O secretário-geral da ONU quis ver com os prórpios olhos como está a ser aplicado o acordo para a exportação de cereais ucranianos.

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Depois do acordo alcançado entre a ONU, a Ucrânia, a Rússia e a Turquia sobre a exportação de cereais ucranianos, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, quis ver com os próprios olhos como está a correr o envio de carregamentos a partir do porto de Odessa, no Mar Negro, o principal porto do país e um dos pontos estratégicos desta guerra.

"Em menos de um mês, 25 navios saíram do porto de Odessa, e outros portos ucranianos, carregados de cereais e outros alimentos. Levaram mais de 600 mil toneladas de produtos alimentares, como trigo, milho, sementes de girassol e soja", lembrou Guterres, que não deixou de frisar que relembrou que isso não é suficiente: "Os portos reabrem e apelo também aos países mais ricos que abram as suas carteiras e os seus corações. Afinal de contas, as exportações de trigo contam pouco para os países que não os podem pagar. Baixar os preços nos mercados alimentares mundiais significa pouco se isso não se refletir nos mercados locais", disse o secretário-geral da ONU.

Os portos reabrem e apelo também aos países mais ricos que abram as suas carteiras e os seus corações.
António Guterres
Secretário-Geral da ONU

O acordo permite a segurança de rotas ferroviárias, para a Polónia e Roménia, e marítimas, pelo Mar Negro, com destino ao Mediterrâneo. A Turquia teve um papel de mediadora no acordo e os portos turcos desempenham também um papel importante nas rotas dos cereais. Um primeiro cargueiro, fretado pelas Nações Unidas, chegou já ao porto de Esmirna com 12 mil toneladas de milho. O destino deste carregamento é ser distribuido pelos países mais carenciados. 

Parte dos cereais exportados de comboio transita também pelo Mar Negro. Chegados a Galati na Roménia, os carregamentos seguem pelo Danúbio até ao porto de Constança.

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