Forças ucranianas estão a levar a cabo uma contraofensiva no leste e reclamam a conquista de cada vez mais territórios
As forças ucranianas estão a levar a cabo uma contraofensiva no leste, reclamam a reconquista de cada vez mais territórios e obrigam os invasoras a retirar-se. Os residentes dessas localidades relatam o que viveram nos últimos dias sob domínio russo.
Nadiya Nesolena, residente em Izyum, disse que os russos começaram a fugir, mas que à noite a situação foi diferente. À 01:30 da manhã, começaram os bombardeamentos e os militares do Kremlin atearam fogo aos locais onde tinham estado até então. Estavam a apagar os seus rastos, recordou. Foi assim que perceberam que tudo tinha chegado ao fim.
Já Yuriy Kurochka, residente na mesma cidade, não escondeu o contentamento por ver que as tropas russas tinham partido.
"Ontem de manhã havia russos, esta manhã já eram ucranianos. Não basta dizer apenas que estou feliz. Não tenho palavras suficientes para me expressar", salientou.
Após meses de pouco movimento no campo de batalha, os soldados ucranianos estão agora a tentar recuperar terreno. Kiev afirmou, na segunda-feira, ter reconquistado mais de 20 localidades no espaço de 24 horas. Em algumas zonas, as tropas ucranianas terão mesmo conseguido chegar à fronteira com a Rússia.
Apesar dos avanços, as tropas de Moscovo continuam a reivindicar o controlo de várias cidades, entre elas Lyman, umimportante ponto estratégico em termos rodoviários e ferroviários, no leste da Ucrânia.
Um dos soldados russos presente em Lugansk confirmou que os militares ucranianos estavam a tentar passar, mas garantiu que os russos estavam a assumir o controlo. "O inimigo está a tentar passar, sim, mas nós estamos a manter a defesa”, defendeu. Já outro militar russo reiterou que o distrito de Lyman não tinha sido entregue, nem o seria no futuro.
Perante o avanço ucraniano, a Rússia está a intensificar os ataques. A Ucrânia dá conta de quatro civis mortos e mais de 11 feridos em vários ataques em nove regiões do país.