As autoridades conseguiram resgatar cerca de 20 migrantes que se encontram a receber tratamento na Síria
Dezenas de ambulâncias com os restos mortais das vítimas do naufrágio ao largo da Síria circularam na noite de sexta-feira pelas ruas de Tripoli, no Líbano.
Entre as vítimas contavam-se Palestinianos, Sírios e Libaneses, todos eles com a esperança de chegarem à ilha de Chipre.
Trata-se da maior tragédia envolvendo uma embarcação com migrantes a partir do Líbano.
A eterna crise palestiniana, a situação na Síria e o desespero dos libaneses que não vêm fim à vista para a crise que o país atravessa, leva muitos a arriscarem uma viagem com consequências potencialmente fatais.
"Chegaram a um ponto em que queriam morrer no mar. Diziam isto: "Queremos morrer no mar". As viagens vão continuar a acontecer. O que é que eles querem aqui?", afirma Salim Khalaf, familiar de um dos desaparecidos.
Outro familiar, Yousef Tarik Al Sayed, acrescenta, "não há meios de subsistência. Não há trabalho. Não há futuro. Estamos encurralados", diz.
Alguns dos migrantes, cerca de 20, sobreviveram ao naufrágio e estão a ser tratados na Síria.
