Prosseguem os "referendos" nas regiões sob ocupação russa

Referendos em curso nas regiões ucranianas sob ocupação russa
Referendos em curso nas regiões ucranianas sob ocupação russa Direitos de autor DIMITAR DILKOFF/AFP
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Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy condena "pseudo-referendos" enquanto aumenta o número de russos que tentam abandonar o país

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As autoridades de ocupação da região do Donbass afirmam que é por razões de segurança, mas os funcionários que se deslocam porta-a-porta para recolher votos são um sinal de que aquilo que designam como um "referendo" não passa afinal de uma farsa.

Em Mariupol e Donetsk, a televisão russa filmou estas imagens para transmitir uma sensação de normalidade.

Mas a realidade está mais próxima da situação que se vive em Zaporíjia cuja parte sob ocupação russa também vota.

Os contínuos bombardeamentos pela artilharia russa arrasam o lado ucraniano. A central nuclear está longe de estar fora de perigo.

"O mundo reagirá de forma absolutamente justa aos "pseudo-referendos" - serão condenados inequivocamente assim como a mobilização criminosa que os ocupantes estão actualmente a tentar levar a cabo na Crimeia e em outras partes da Ucrânia, que controlam por agora", disse o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy num discurso transmitido pela televisão. 

A Rússia entretanto aguarda pelos resultados dos "referendos" antes de iniciar a anexação dos territórios ocupados.

Perante este cenário, os Estados Unidos reagiram com a ameaça de imposição de mais sanções caso tal venha a acontecer.

Entretanto, o Kremlin difunde imagens de cidadãos felizes ao alistarem-se para a guerra, em contraste com o que é visto nas redes sociais.

Situação que contrasta igualmente com o que se passa na fronteira terrestre entre a Geórgia e a Rússia.

Dezenas de pessoas ameaçadas de mobilização querem escapar aos desígnios do presidente russo.

"Em pânico, todas as pessoas que eu conheço estão em pânico. A maioria das pessoas não sabe o que fazer, muitas não podem sair. Mais de setenta por cento da população não tem passaporte", afirma David, um cidadão russo residente em Stavropol. 

Desde que o presidente russo anunciou a mobilização que os bilhetes para sair do país se esgotaram ou aumentaram de preço em flecha.

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