Ativistas exigem fim de ditadura no Irão após morte de Mahsa Amini

Foto de Mahsa Amini durante um protesto do Conselho Nacional de Resistência do Irão, em Berlim, Alemanha
Foto de Mahsa Amini durante um protesto do Conselho Nacional de Resistência do Irão, em Berlim, Alemanha Direitos de autor Markus Schreiber/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
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De  Euronews
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Manifestantes temem aumento da repressão policial violenta, após ter sido cortado o acesso à internet.

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Pela décima segunda noite consecutiva ouviram-se gritos de "Morte ao ditador" e "à República Islâmica", num Irão a ferro e fogo desde a morte de Mahsa Amini, a mulher de 22 anos assassinada pela polícia da moralidade, a 16 de setembro, por não cobrir a cabeça com um hijab, como mandam as autoridades.

Apesar de os manifestantes temerem um aumento da repressão policial, sobretudo após o governo ter vedado o acesso da população à internet, de forma a impedir a publicação de confrontos, os protestos não cessam.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), centenas de pessoas foram já detidas. Entre elas, constam pelo menos 18 jornalistas.

Desde o início das manifestações, após a morte de Mahsa Amini, a Amnistia Internacional confirma dezenas de mortos e centenas de feridos.

"As provas que recolhemos no terreno mostram que as forças de segurança estão a disparar projéteis metálicos, que são usados para caçar, contra manifestantes e pessoas na rua. Centenas de mulheres, crianças e homens foram feridos e vimos imagens horríveis de manifestantes com feridas na cabeça, no peito e no estômago. As forças de segurança estão a disparar à queima-roupa contra os manifestantes, o que demonstra intenção de causar o máximo dano possível", revela Raha Bahreini, investigadora iraniana e advogada de direitos humanos da Amnistia Internacional.

A contestação ao regime iraniano quebrou desde cedo fronteiras e faz-se ouvir também do outro lado do Atlântico. Dezenas de pessoas em Buenos Aires, reuniram-se, esta terça-feira, em frente à embaixada do Irão para denunciar o que chamam uma *ditadura religiosa".

Em Nova Iorque, ativistas pediram justiça por Mahsa Amini.

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