Após o encontro histórico entre Erdogan, Pashinyan e Aliyev, a UE anunciou uma missão para ajudar a delimitar as fronteiras entre Arménia e Azerbaijão
A Cimeira Política Europeia viveu um momento histórico esta quinta-feira com o encontro informal entre o residente turco Recep Tayyip Erdogan, o primeiro-ministro da arménia, Nikol Pashinyan e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev.
O confronto entre a Arménia e o Azerbaijão na região do Nagorno-Karabakh e a inexistência de relações diplomáticas entre Ancara e Erevan tornavam este encontro bastante improvável, mas aconteceu em Praga onde se reuniram líderes de cerca de 40 países.
O presidente turco disse que Ancara não tem condições prévias para restabelecer as ligações de transporte com Erevan.
"Não temos nenhuma condição prévia, apenas dissemos: 'Certifiquem-se de que as relações entre vocês e o Azerbaijão cheguem a um certo nível de maturidade e façam um acordo de paz. Assim que fizerem isso, não haverá nenhum problema connosco. Se as portas forem abertas, abriremos as portas e abriremos o caminho para todos os tipos de transporte - ar, terra, comboio", afirmou.
Desde janeiro, enviados especiais da Turquia e da Arménia realizaram quatro rondas de conversações com o objetivo de ultrapassar mais de um século de hostilidade entre os dois países. Destas discussões resultou um acordo para retomar os voos charter entre Istambul, e Erevan.
A Europa que quer manter boas relações com o Azerbaijão por causa dos contratos de energia, vai enviar uma missão à Arménia para ajudar a delimitar as fronteiras entre os dois países. A missão começa ainda em outubro, com uma duração máxima de dois meses.
O objetivo da missão é "criar confiança e contribuir para as comissões de demarcação de fronteiras", anunciaram o primeiro-ministro arménio, o presidente do Azerbaijão, o presidente francês o presidente do Conselho Europeu, após várias horas de conversações em Praga.