Governo polaco cria pontos de distribuição gratuita de comprimidos de iodo

Polónia vai criar pontos de distribuição gratuita de comprimidos de iodo
Polónia vai criar pontos de distribuição gratuita de comprimidos de iodo Direitos de autor Leo Correa/Copyright 2022 The AP
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Face a uma ameaça nuclear, executivo polaco decide criar pontos de distribuição, gratuita, de comprimidos de iodo.

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A situação na Ucrânia e as atividades militares nas proximidades da central nuclear de Zaporíjia levaram o governo polaco a decidir estabelecer pontos de distribuição gratuita de comprimidos de iodo, em todo o país. A ameaça nuclear é real.

O vice-ministro da Administração Interna, explicava que a decisão se enquadra no âmbito da _"_chamada gestão de crise. Trata-se de uma preparação para a eventualidade de um acidente numa central nuclear", referia Błażej Poboży. Acrescentando que este medicamento, "contendo o chamado «iodo estável», destinam-se a bloquear a glândula da tiroide de uma possível exposição e da absorção de iodo radioativo. 

"Neste momento, não existe uma ameaça real de contaminação radioativa, mas queremos estar preparados mesmo para as variantes impossíveis".
Błażej Poboży
Vice-ministro da Administração Interna da Polónia

Escolas, câmaras municipais e quartéis de bombeiros, como o de Milanówek, tornaram-se os pontos de distribuição de comprimidos. Marcin Rossak, bombeiro, adiantava que, de alguma forma, estão a participar na guerra aceitando refugiados. Referia ainda que os habitantes "sentem-se preocupados, perguntam sobre os comprimidos: quais são os procedimentos?". 

Mas as consequências de tomar o medicamento também preocupam. Uma residente de Milanówek alertava para o facto de não saber quais os efeitos deste medicamento nas crianças.

O executivo prevê uma administração dos comprimidos rápida e eficaz, mas sem verificação das pessoas que se apresentam para tomá-los. Ainda assim, o secretário municipal explicava que a distribuição destes comprimidos "de iodeto de potássio terá início quando o Ministro da Administração Interna emitir o respetivo despacho". Os comprimidos serão dados a pessoas até aos 60 anos de idade e a crianças, "com o consentimento, por escrito, dos seus pais", que se apresentem nos postos de distribuição, explicava Sebastian Litewnicki.

Nas últimas semanas, muitas pessoas na Polónia começaram a comprar comprimidos de iodo, outras continuam céticas em relação ao medicamento, interrogando-se sobre os possíveis efeitos secundários, como foi o caso das vacinas, como dizia Magdalena Chodownik, em Varsóvia, para a Euronews.

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