Erdogan quer direito ao uso do véu islâmico na Constituição da Turquia

Erdogan quer direito ao uso do véu islâmico na Constituição
Erdogan quer direito ao uso do véu islâmico na Constituição Direitos de autor Burhan Ozbilici/AP
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De  Bruno Sousa
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Proibição do uso do véu islâmico foi levantada por Erdogan em 2013 e a maioria muçulmana teme um regresso caso o atual líder seja derrotado nas eleições do próximo ano

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O uso do véu islâmico tem estado na ordem do dia e se no Irão, há quem morra pelo direito de não o usar, na Turquia a discussão segue no sentido oposto.

Durante muito tempo o uso foi proibido nas escolas e instituições públicas do país mas a proibição foi levantada por Recep Tayyip Erdoğan em 2013.

Com a Turquia a preparar-se para eleições no próximo ano, o líder da oposição propôs uma lei para garantir o direito a usar o véu islâmico, por forma a eliminar qualquer receio do regresso à proibição em caso de vitória do seu partido e tentar atingir uma fatia do eleitorado mais religiosa, tradicionalmente mais ligada ao partido que se encontra no poder há duas décadas.

Erdogan foi mais longe, no entanto, e propôs que a medida fosse inscrita na Constituição e que, se fosse necessário, se deveria fazer um referendo. O líder turco disse mesmo que se o seu adversário tivesse coragem, deixaria o povo tomar a decisão.

Apesar de a Constituição estabelecer que a Turquia é um país secular, na prática o partido no poder não e o atual regime é bastante sensível aos interesses da maioria muçulmana.

Não existe atualmente no país nenhum partido a defender abertamente a proibição do véu islâmico, contrariamente ao que acontecia na década de noventa.

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