Britânicos insatisfeitos sonham com regresso à União Europeia

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Britânicos insatisfeitos sonham com regresso à União Europeia Direitos de autor Danny Lawson/AP
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Sondagens online sugerem que a maioria da população considera o Brexit um erro

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Em 2020 o Reino Unido importou quase metade da comida consumiu e perto de 40% chegou de quatro países europeus (Alemanha, Irlanda, França e Países Baixos). O Brexit mudou radicalmente o cenário mas de acordo com os agricultores britânicos, nem por isso a situação está melhor.

Para fazer face à falta de mão-de-obra, ao aumento dos custos, sobretudo depois da guerra na Ucrânia, e às dificuldades para exportar a produção, há já quem defenda um regresso à União Europeia.

Liz Webster, é administradora da organização "Save British Food", criada para defender os interesses dos produtores britânicos. Lamenta as dificuldades causadas pela burocracia do Reino Unido e admite estar preocupada com a segurança alimentar do país. Considera que "a solução passa por libertar o nosso comércio através do regresso ao mercado único o mais rapidamente possível".

A comunidade agrícola não está só neste desejo de voltar atrás no tempo e várias sondagens online sugerem que mais de 50% dos britânicos considera que a saída do Reino Unido da União Europeia se tratou de um erro.

John Curtice, líder do Conselho de Sondagens Britânico, considera que a popularidade do Brexit está no seu ponto mais baixo desde junho de 2016.

O setor vinícola também foi obrigado a adaptar-se aos novos tempos. Se a importação de vinho da União Europeia antes se fazia em dias, hoje o processo dura vários meses.

A frustração reina entre os empresários do setor. É o caso de Ben Wilcock, proprietário de uma distribuidora de vinhos que diz estar espantado por não se debater um regresso ao mercado único quando há tantos negócios a passar dificuldades, e que o país precisa debater seriamente a atual união aduaneira e o mercado único.

Entre Brexit, pandemia e inflação, a vida dos britânicos não está fácil mas as dificuldades também se fazem sentir a nível institucional. O Reino Unido atravessa o ano mais instável na sua história moderna, tendo já conhecido dois chefes de Estado e três primeiros-ministros.

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