Habitantes de Kherson não têm água canalizada, eletricidade ou aquecimento

Habitantes de Kherson vão buscar água ao rio Dnipro
Habitantes de Kherson vão buscar água ao rio Dnipro Direitos de autor BULENT KILIC/AFP or licensors
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De  Nara Madeira com AP, AFP
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Habitantes de Kherson sem água canalizada, eletricidade ou aquecimento enquanto a Assembleia Geral da ONU apela à Rússia que pague estragos da guerra.

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À medida que Kherson se reergue após a ocupação russa, as tropas da Ucrânia estão a recuperar a cidade metro a metro, tornando seguros os edifícios abandonados pelos russos.

Mas a felicidade dos residentes, pela retirada russa, está a ser ensombrada pela falta de bens essenciais que os leva ao desespero. Uma habitante de Kherson, Olga Genkulova explicava que é uma "catástrofe municipal" o facto de não terem água canalizada, eletricidade ou aquecimento, o que os "força" a procurar outras soluções. "É uma pena que os meus filhos tenham de enfrentar tal situação" desabafava mas, ao mesmo tempo, os seus dois filhos pequenos estão vivos e a casa onde habitam está inteira e isso já é muito positivo.

Os técnicos ucranianos estão a tentar reparar a grande central elétrica que abastecia esta área da região de Kherson. O responsável da empresa descrevia o rasto de destruição deixado como "consequência da raiva, impotência" dos russos "antes de fugirem".

Após uma visita surpresa à cidade o Presidente Zelenskyy condenou a Rússia, no seu discurso diário, como ocupante que destrói tudo à sua passagem "naquilo a que chama de operação especial".

Na segunda-feira, a Assembleia Geral da ONU, reunida numa sessão de emergência para abordar o conflito aprovou uma resolução que apela à Rússia que pague pelas reparações dos estragos deixados pela guerra na Ucrânia.

Noventa e quatro países votaram a favor, 14 contra e 73 abstiveram-se, entre eles Angola, Moçambique e Timor-Leste. Cabo Verde e Portugal votaram a favor.

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