Filme do Netflix retrata história real de duas refugiadas sírias: Yusra e Sarah Mardini. Yusra participou nas Olimpíadas de 2016 e 2020
Da guerra na Síria aos Jogos Olímpicos.
O Netflix estreou o filme "As nadadoras". A película da cineasta Sally El Hosaini narra a história real das irmãs Yusra e Sarah Mardini.
Para a realizadora, a maior preocupação foi conseguir transmitir a realidade...
"Selecionámos muitos refugiados para o filme e tivemos, também, refugiados a trabalhar nos bastidores. Portanto, havia um sentido real de importância no que estávamos a fazer, e lutámos realmente pela maior autenticidade que pudéssemos obter", refere El Hosaini.
Em 2015, Yusra e Sarah Mardini fugiram dos horrores da guerra na Síria, com o primo Nizar, e rumaram à Alemanha.
Tal como milhares de migrantes e refugiados, que todos os anos tentam chegar à União Europeia, os três jovens chegaram à Turquia e embarcaram numa pequena embarcação, com mais 15 pessoas. Iniciaram a travessia do Mar Egeu, rumo à Grécia.
O pequeno barco começou a meter água... As duas irmãs mergulharam no mar, com mais dois passageiros, e os quatro conseguiram puxaram o barco até terra.
Da Grécia, as irmãs seguiram a pé até à Alemanha.
Em Berlim, Yusra continuou a treinar como nadadora profissional e fez parte da equipa de refugiados que participou nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, no Brasil e em 2020, em Tóquio, no Japão.
Yusra partilha: "Quando fiz o que fiz, quando deixei o meu país ou defini o objetivo de ir às Olimpíadas, nunca pensei que fosse acabar assim, por isso é uma loucura. Estou a tentar absorver tudo isto".
Sarah retornou à Grécia em 2016 para dar assistência a outros refugiados.
A família das duas conseguiu, também, asilo na Alemanha.